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PARA ESTA EXPERIÊNCIA
" é através da arte que somos resgatados
ao nosso sonambulismo habitual e ressurge
a alegria de ver algo novo no mundo. "
CARLO ROVELLI
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a palavra menos a língua
é uma vivência artística e humanista
através da fusão cénica e cinética
da poesia com outras linguagens
A poeta e performer calí boreaz, autora dos livros a tela finalmente escura, tesserato, outono azul a sul e de vários espetáculos de fusão artística, está numa temporada em Portugal e proporciona ao público uma vivência humanista através do diálogo da poesia com outras linguagens artísticas (como o teatro, a cinética, a dança, a fotografia).
Na performance, o que parece que vai acabar acaba de começar e, em comunhão, somos imersos numa jornada vertiginosa que atravessa as camadas do humano desde um estado de entre aos estados de dentro e fora que podem significar vida e morte, e desde o acontecimento do eu-outro ao da solidão-comunhão, passando pelo exílio das ficções do amor, da linguagem e da civilização.
Reunindo poesia publicada e inédita, a viagem é conduzida no sentido da expansão de limites conscienciais, tendo a desconstrução de absolutamente tudo — até mesmo da própria performance — como eixo para o encontro e reabitar de um estado fundante mais significativo.
A PALAVRA MENOS A LÍNGUA é um convite não para uma evasão da realidade, antes para um adentramento radical nela, com o propósito de estarmos melhor nela — menos frustrados diante das finitudes, menos fragmentados, mais espantados, logo mais vivos, a partir da pulsação de uma nova atenção e presença.
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